terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

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Traz a saudade pra perto. Foi daquelas pessoas em que a falta às vezes significava mais que a presença, olhava nos olhos sim, mais que nos olhos do corpo. A Alice que atravessou o espelho e esqueceu de voltar. Gruda o corpo na porta de casa, tenta saltar da janela, consagra esses sentimentos estúpidos que a fazem correr mais rápido sem saber pra onde. Esbarra em portas de vidro, atravessa paredes do quarto e fica flanando por entre seres estranhos que comungam de suas compulsões e vícios. Não procura suas qualidades nos outros, valoriza os defeitos. Absorve toda a insubordinação, toda a impulsividade, imaturidade seja o que for. De um segundo a outro transforma essa sensação estranha e restaura uma vida comum e cotidiana demais. 

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