quinta-feira, 9 de setembro de 2010

uma noite em 67


sala de cinema. emoções de festival. uma noite em 67 revive, de certo modo, uma das noites mais lembradas da era dos festivais. com o primeiro lugar: Ponteio, com Edu Lobo e Marília Medaglia abrindo o documentário, a sensação e o som do público. manifestam mais que o espirito dos festivais.

uma parcela da história dificil de contar. a platéia a flor da pele, os sorrisos e reações de cada um que compôs ali uma página da história da música brasileira. a tranquilidade, o desespero, a emoção, a felicidade, a decepção, o anseio por uma reação no palco à realidade que rodeava o mundo ao redor daquele teatro. 

violão quebrado e alqué que canta "quem me dera agora eu tivesse a viola pra cantar". o marco da era dos festivais estava naquele palco, grande parte das músicas que marcaram o imaginário do periodo: "domingo no parque", "alegria, alegria", "roda-viva"... dentre tantas outras. 

tenho a impressão que, mesmo para quem não viveu o periodo, os festivais de música da década de 60, dando ênfase aos da Record, mas sem esquecer o FIC (festival internacional da canção) de 68, quando foram apresentadas "pra dizer que não falei das flores (caminhando)", de Geraldo Vandré e "Sabiá", de Tom Jobim e Chico Buarque,  se forma uma nostalgia, uma vontade de estar naquela platéia, de sentir aquela força, aquelas "contradições" dispostas no palco. 

"pra dizer que não falei das flores", de Geraldo Vandré, não marcou somente aqueles festival mas toda a movimentação estudantil de resistência não só da década de 60. 

naquele momento "Vandré cantou e o povo cantou com ele" (a era dos festivais, zuza homem de melo)

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